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A angústia da volta às aulas!

Durante a Pandemia que assola a humanidade no ano de 2020, observa-se uma angústia que se mantém presente para todos os pais de crianças e adolescentes em idade escolar. Gerada pela dúvida em manter os filhos em casa, garantindo-lhes o máximo de segurança, ou permitir que compareçam às escolas e, deste modo, retomar suas atividades escolares rotineiras.



Sem dúvida, é uma ansiedade compreensível mas que não conforta e nem aponta para um direção segura. Questões políticas à parte, a volta à escola, numa tentativa de retomar o ritmo natural da vida, não garante nenhuma tranquilidade às famílias e, suscita dúvidas que trazem mais aflição ainda.


Não temos gerência sobre o tempo que devemos esperar e esta espera nos traz a inquietude da incerteza sobre um futuro que se aproxima e do qual não temos a menor ideia. Perguntas de toda ordem se apresentam sem respostas possíveis. É preciso estabelecer critérios para fazer escolhas. É então que se apresenta o NÃO, com toda sua força e poder. O poder da renúncia. Ao escolher ficar em casa, os pais estão ao mesmo tempo renunciando à convivência de seus filhos com seus pares e a tudo o que este estar junto representa. Se escolherem SIM, podem ir para a escola, eles estarão se colocando em situações que não tem condições de prever. É mais ou menos enlouquecedor. A espera pode trazer aprendizados de vida, mas não garantias. Voltar simplesmente, com certeza, traz riscos pelos quais terão que se responsabilizar.


A educação de um filho não é uma tarefa simples. Requer sabedoria, discernimento, coragem até. Sensibilidade, por certo. Amor, muito amor. E serão estes os valores com os quais as famílias poderão contar. E apenas estes. Se não os tiverem, então, sim, estarão mais ou menos perdidos, tendo que assistir a vida de suas crianças se desenrolar ao acaso. Crianças e jovens que seguirão os caminhos que julgarem melhor. Seguirão pelas suas intuições e desejos mais que por qualquer outro princípio e valor.


O momento é de extrema cautela. Não determinamos, em hipótese alguma o tempo de cada acontecimento. As famílias precisam, mais do que nunca, sentir que não há gerência sobre este tempo, mas que sim, é possível fazer destes momentos de dúvidas, momentos de verdadeiros aprendizados. Se tiverem tranquilidade, apesar do aparente caos que parece vigorar, também poderão assumir posturas esclarecedoras que lhe trarão possibilidades para novos aprendizados. É assim que a harmonia se instala e faz fluir a vida, seja no contexto em que for. Não haverá desequilíbrios, e sim certezas. A espera gera a paciência, tão necessária para a aceitação dos fatos. Podemos não compreender, mas sempre poderemos aceitar, sem que isto possa parecer um simples descaso.


Quando a paz se apresenta, a vida acontece em seu próprio devir.

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